A modernização da Linha do Douro entre a Régua e o Pocinho e a reabertura até Barca d’Alva está a avançar, garante a Infraestruturas de Portugal (IP).
Em resposta às críticas pelos atrasos na modernização da Linha do Douro (actualmente apenas electrificada entre o Porto e a Régua), a Infraestruturas de Portugal (IP) deu hoje nota, em comunicado, dos últimos avanços e reafirmou o seu empenho para que “a realização dos investimentos previstos na Linha do Douro, no âmbito do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, sejam uma realidade até ao final da presente década”.
Na nota, a IP dá conta que os projectos em curso, ou previstos, pretendem dotar a Linha do Douro “dos mais modernos sistemas de controlo, comando e sinalização interoperáveis e de tracção elétrica em toda a sua extensão, criando uma infra-estrutura ferroviária moderna, mais segura, com maior capacidade e sustentável ao serviço da mobilidade das populações da região”.
Sobre os últimos desenvolvimentos, a IP destaca o contrato “Linha do Douro – electrificação e modernização do troço Peso da Régua / Pocinho e adaptação e substituição de pontes metálicas – Lote 1, 2 e 3”, com um valor de 2,4 milhões de euros.
A gestora da infra-estrutura explica que foram “contratados e iniciados os estudos das soluções a implementar por forma as pontes metálicas do sub-troço Régua / Pocinho poderem suportar cargas rebocadas de 22,5 toneladas/eixo”.
Segundo a IP, na semana passada teve lugar a abertura das propostas para o concurso designado “Linha do Douro – Régua – Pocinho – Electrificação e Modernização”, lançado com um preço base de sete milhões de euros e que visa o desenvolvimento dos estudos e projectos necessários à electrificação e modernização das infra-estruturas do sub-troço Régua / Pocinho.
Já na primeira semana do mês, acrescenta, teve também início o contrato para a elaboração do estudo prévio e projecto de execução para a reabilitação e reabertura do troço Pocinho / Barca D’Alva. Com o valor contratual de cerca de quatro milhões de euros, este investimento tem como objectivo a reabertura à exploração ferroviária daquele troço da Linha do Douro, com uma extensão de 28 quilómetros, desactivado em 1988.
Além destes projectos, sublinha a IP, a modernização da Linha do Douro contempla igualmente a instalação de sinalização electrónica, incluindo o sistema de controlo automático de velocidade e automatização de passagens de nível.
Esta sinalização, explica, será compatível com o sistema ferroviário de interoperabilidade de comboios transeuropeu, bem como com o sistema de telecomunicações GSM-R, que servirá de suporte das comunicações dos outros sistemas a instalar.
Segundo a empresa, a Linha do Douro será ainda dotada de um sistema compatível com o Sistema Europeu de Gestão do Tráfego Ferroviário – ERTMS com ETCS de nível 2.
“A concretização deste vasto conjunto de intervenções irá assegurar aos utilizadores da Linha do Douro um serviço de transporte público mais eficiente, rápido, seguro e ambientalmente sustentável”, conclui o comunicado.