A Infraestuturas de Portugal (IP) vai compensar os operadores ferroviários de mercadorias pelos sobrecustos resultantes do encerramento da Linha da Beira Alta para obras.
A garantia foi dada pelo vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, ontem, no seminário sobre o Porto Seco da Guarda, que também beneficiará da modernização da Linha da Beira Alta.
Por causa das obras, a circulação na Linha da Beira Alta estará suspensa durante cerca de nove meses, na segunda metade de 2021 e o primeiro trimestre de 2022. A alternativa para os operadores ferroviários de mercadorias será utilizarem as linhas da Beira Baixa ou do Leste, mas isso poderá implicar sobrecustos.
No recente Seminário de Transporte Ferroviário do TRANSPORTES & NEGÓCIOS, Carlos Vasconcelos (Medway) e Álvaro Fonseca (Takargo) alertaram, precisamente, para a necessidade de os clientes não sofrerem aumentos de custos por causa das obras, o que passaria por ser a IP a suportar os sobrecustos.
Ontem, Carlos Fernandes deixou claro que a gestora da rede ferroviária assumirá os custos do aumento dos quilómetros percorridos, ou da redução da capacidade de carga, por exemplo, de modo a que nem os operadores, nem os clientes saiam prejudicados.
As compensações devidas serão negociadas com os operadores, envolvendo também a AMT e o IMT, precisou o vice-presidente da IP.
Com a modernização integral da Linha da Beira Alta, a sua capacidade aumentará dos actuais 14 comboios de 500 metros / dia para 25 comboios de 750 metros /dia.