A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou o concurso para a contratação do Estudo Prévio, Estudo de Impacte Ambiental e Projecto de Execução para a Electrificação do troço da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e Régua. O preço base é de cerca de 1,5 milhões de euros.
A electrificação do troço entre Marco de Canaveses e Régua envolve um investimento estimado em 46,6 milhões de euros e a sua execução complementa a intervenção actualmente em curso na Linha do Douro, de modernização do troço entre Caíde e Marco de Canaveses, que estará concluída até final deste ano.
O projecto de modernização da Linha do Douro integra o plano nacional de investimentos – Ferrovia 2020 que a IP está a desenvolver.
Se tudo corresse como inicialmente previsto, a electrificação da Linha do Douro até à Régua deveria ficar concluída em 2020. Mas os atrasos são muitos.
A electrificação da linha é desejada por todos, com a CP à cabeça. A operadora é obrigada a operar com tracção diesel caduca (nomeadamente, equipamento alugado à Renfe), sem capacidade de resposta (em quantidade e qualidade) para a procura crescente. E no caso dos suburbanos do Porto é obrigada a manter o transbordo entre Caíde e o Marco, com a natural perda de clientes.
Assim a catenária chegue à Régua, ficará a faltar a modernização da Linha do Douro até à fronteira com Espanha.
Um estudo da Infraestuturas de Portugal tornado público no início do ano projectava a modernização integral da Linha do Douro para servir como alternativa à Linha da Beira Alta, servir o turismo, o escoamento do minério de Moncorvo e aproximar o porto de Leixões de Salamanca.