Um pouco menos de quatro anos e 150 milhões de euros é quanto deverá demorar e custar a quadruplicação da Linha do Minho entre Contumil e Ermesinde, no acesso ao Porto.
A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou esta quarta-feira o concurso público para o alargamento da Linha do Minho, de duas para quatro vias, no troço entre Contumil e Ermesinde (Valongo), com um preço base de 150 milhões de euros.
De acordo com o anúncio publicado em Diário da República, em causa está a passagem do troço entre Contumil e Ermesinde para quatro vias, permitindo resolver um estrangulamento na operação ferroviária a norte do Porto, aumentando a capacidade do eixo que recebe comboios das linhas do Minho e do Douro.
A quadruplicação da Linha do Minho é importante para o tráfego de passageiros (uma vez que ali confluem os serviços da CP Alfa, Intercidades, da Linha do Minho e da Linha do Douro e suburbanos do Porto), mas também para o tráfego de mercadorias.
Já em 2019, aquando do anúncio do projecto do terminal da Medway em Lousado Carlos Vasconcelos, presidente da operadora ferroviária, pediu a Pedro Marques, então ministro das Infraestruturas, o aumento da capacidade naquele troço da Linha do Minho. Na altura, a Medway propunha-se realizar até 12-14 comboios de 750 metros/dia.
O terminal de Lousado sofreu entretanto derrapagens várias, mas o facto é que também só agora parece ir avançar a quadruplicação da via.
De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, a realização da obra implicará a demolição de 88 edifícios ao longo do traçado, dos quais 21 habitações atualmente em uso. Prevêem-se também melhorias nas estação de Ermesinde e Rio e no apeadeiro de Palmilheira/Águas Santas, além do aumento da capacidade de estacionamento.
Contas feitas, o custo total da intervenção projectada poderá chegar aos 219,5 milhões de euros, de acordo com uma portaria publicada em Novembro passado.