A Infraestruturas de Portugal (IP) vai seguir a recomendação da AMT e lançar uma auditoria externa ao plano de investimentos na ferrovia, devido aos atrasos acumulados.
“A recomendação assinalada [da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT)], da realização de uma auditoria externa, com a intervenção de entidade especializada no domínio das obras públicas, […] será certamente um elemento essencial para melhorias de processos e aplicação de medidas correctivas futuras aos investimentos”, comentou fonte oficial da IP à “Lusa”.
“Neste sentido”, continuou a mesma fonte, “a IP tem vários temas a articular com a AMT no tocante à definição de âmbito e à delimitação do escopo da auditoria, devendo ser assegurado que o trabalho a realizar seja desenvolvido por entidade externa independente”, detalhou.
No entanto, por ainda se estar numa fase inicial, as questões relativas ao custo e prazo da auditoria “só poderão ser respondidas subsequentemente à referida articulação”, acrescentou.
No âmbito da monitorização aos investimentos realizados na infra-estrutura ferroviária até ao final do ano de 2023, a AMT tinha recomendado a realização de uma auditoria externa aos processos utilizados na execução dos empreendimentos do Ferrovia 2020. Em causa está o atraso médio de seis anos e nove meses da conclusão do plano face ao calendário inicial apresentado em 2016.
O regulador, liderado por Ana Paula Vitorino, explicitou que o objectivo da auditoria deverá passar por “identificar debilidades e recomendar melhorias nos processos utilizados, bem como medidas correctivas e preventivas para a ocorrência de atrasos, em particular nos programas de investimento que se encontram na sua fase inicial, sem prejuízo da consideração de factores externos e de conjuntura que impactem em procedimentos de contratação pública”, lê-se no documento.
Estas sugestões pretendem mitigar os atrasos já estimados pela IP e que, segundo a gestora de infra-estruturas, podem vir a agravar-se.
Nas respostas à “Lusa”, a IP lembra precisamente que os documentos apresentados recentemente pelo regulador “contêm um conjunto de conclusões relevantes, bem como algumas recomendações que a Infraestruturas de Portugal (IP) naturalmente desenvolverá e implementará, tendo a IP colocado – o que foi plasmado no relatório – também a necessidade de utilizar como referência não o planeamento inicial de 2016, mas um calendário realista e exequível”.
Além da auditoria externa, no relatório de monitorização da execução dos investimentos na ferrovia, a AMT sugere que a IP tenha em conta alguns critérios na gestão dos projectos como um planeamento detalhado, consultoria especializada ou, por exemplo, “a selecção cuidadosa de fornecedores e empreiteiros com base em sua experiência, reputação e capacidade de cumprir os prazos e requisitos do projecto”.
Só neste País ê possível que a responsavel pelo atraso estrutural no Ferrovia 2020, juntamente com os ex-ministros das obras públicas, Pedro Marques e Pedro Santos, todos do PS, venham gastar msis dinheiro dos contribuintes a somar aos biliões de euros gastos na TAP, IP, PRR, PDR 2030, etc. etc.