A Infraestruturas de Portugal (IP) quer lançar a parceria público-privada (PPP) da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, entre Soure e Carregado, em Janeiro de 2026, anunciou um responsável da empresa, em Ermesinde.
“No terceiro [concurso], que será a terceira parceria [público-privada], entre Soure e Carregado, estamos neste momento a fechar os estudos prévios para os colocar em avaliação de impacte ambiental, e o objetivo é lançar o concurso em Janeiro de 2026″, adiantou João Pereira Fernandes, da Direcção de Empreendimentos da IP.
O dirigente da IP falava na conferência “Desafios da Alta Velocidade”, que decorreu em Ermesinde, no âmbito da Entrelinhas – Festa do Ferroviário, organizada pela Câmara de Valongo.
A calendarização da IP está desenhada de forma a permitir “a denominada fase 1, que inclui a PPP 1 [Porto – Oiã] e PPP 2 [Oiã – Soure] pronta em 2030”, e a PPP 3, com mais de 120 quilómetros, “pronta em 2032”.
O prazo para serem apresentadas propostas para o primeiro troço da linha de alta velocidade, entre Porto e Oiã (Aveiro), foi dilatado de Junho para Julho, segundo um anúncio publicado em Diário da República (DR).
2 de Julho é a nova data-limite para a apresentação de propostas. A anterior era 13 de Junho. O procedimento tem um valor de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de euros de fundos europeus, perfazendo assim 2,14 mil milhões de euros.
A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país numa hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria. O concurso para o lote dois (Oiã-Soure) deverá ser lançado em Julho.
A partir do Carregado, a ligação a Lisboa será feita, numa primeira fase, usando a Linha do Norte, que será alargada para o efeito.
O concurso público para o lote 1 (Porto-Oiã) da primeira fase foi lançado em janeiro, e o do lote dois (Oiã-Soure) deverá ser lançado em julho. A ligação a Lisboa avançará em 2026.
Já a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), para depois de 2030, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).
No total, segundo o anterior Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.