A Guarda Revolucionária do Irão apreendeu, no Estreito de Ormuz, o MSC Aries, porta-contentores com pavilhão português, pertença da Zodiac Maritime, participada por um empresário israelita.
A instabilidade na na zona do Mar Vermelho, consequência dos ataques das milícias Houthis, do Iémen, aos navios mercantes de algum modo relacionados com Israel, ganhou este fim de semana um novo fôlego com a intervenção da Guarda Revolucionária do Irão, que apreendeu um navio português e ameaça fechar o Estreito de Ormuz.
Imagens difundidas por fontes iranianas mostraram a abordagem ao MSC Aries por um helicóptero alegadamente da Guarda Revolucionária.
Entretanto, em entrevista à RTP, o embaixador do Irão em Lisboa garantiu que tripulantes do navio estão livres e nem terão sido sujeitos a interrogatório. Já o navio está em águas territoriais do Irão, acrescentou o diplomata, sem adiantar nada sobre o que seguirá.
O MSC Aries está registado no MAR, arvorando por isso o pavilhão português. Na mesma entrevista, o embaixador do Irão confirmou ter solicitado uma audiência ao ministro dos Negócios Estrangeiros, para lhe dar conta das circunstâncias – “técnicas”, disse – que justificaram a intervenção.
Na passada terça-feira, o chefe naval da Guarda Revolucionária do Irão, já disse que poderia fechar o Estreito de Ormuz, que fica entre o Irão e os Emirados Árabes Unidos, se considerado necessário.