O transporte rodoviário terá de receber 10% dos 750 mil milhões de euros que a Comissão Europeia se preparar para injectar na economia, reclama a IRU.
A delegada-geral da delegação permanente da IRU junto da União Europeia, a romena Raluca Marian, explica que, “dada a enorme perda” que o sector do transporte rodoviário “sofreu e ainda vai sofrer”, é preciso aquele apoio para que a fileira possa “abraçar o futuro e concentrar-se na descarbonização, digitalização e infra-estrutura”.
Matthias Maedge, porta-voz da IRU acrescenta que “a logística foi muito afectada, mas, para colocar os números em contexto, calculamos que custará 64 mil milhões de euros trocar todos os camiões a diesel na Europa por veículos eléctricos”.
Elizabeth Werner, directora de transporte terrestre da Direcção-Geral da Mobilidade e dos Transportes (DG MOVE) da Comissão Europeia explica que os fundos de Bruxelas a disponibilizar ao sector deverão ser aplicados no cumprimento dos objectivos descritos no próximo Pacote da Mobilidade. “Queremos que o sector e os governos invistam em mais automação em terminais e mais cobranças electrónicas ou portagens e eurovinhetas”, afirmou a responsável num webinar promovido pela IRU.
“Trata-se de números grandes e queremos transformar o sector rodoviário. Acho que podemos ter a certeza de que haverá investimentos em infra-estrutura mais sustentável, combustíveis alternativos e esquemas de renovação de frotas”, indica a dirigente da DG MOVE.
“Actualizar a infra-estrutura é visto como um investimento para o futuro e apoiamos muito o investimento feito em áreas de estacionamento seguras”. Elizabeth Werner acrescenta que “o Banco Europeu de Investimento também está a analisar como pode ajudar companhias individuais que enfrentam problemas de liquidez”.