A IRU fez um apelo aos governos europeus para reduzirem a idade mínima para os motoristas profissionais dos 21 para 18 anos.
O objectivo da associação é reduzir a falta de motoristas, por um lado, e combater o desemprego jovem, por outro.
A IRU recorda que os regulamentos sobre a idade mínima dos motoristas profissionais variam em todo o mundo. Na União Europeia, há um conjunto de regras relativas à idade mínima para conduzir camiões ou autocarros, existindo inclusivamente diferenças dentro do mesmo Estado-membro, consoante se trate de transporte nacional ou internacional.
Os responsáveis da IRU defendem que “estes regulamentos restritivos sobre a idade mínima constituem um sério obstáculo para os jovens ingressarem na profissão numa altura em que o desemprego jovem ultrapassa os 30% em alguns países”. A organização destaca que o problema é mais grave do que pode parecer à primeira vista, porque “apesar das oscilações do mercado de trabalho durante a pandemia, a escassez de motoristas é um problema de longa duração, agravado pelo envelhecimento da mão-de-obra”.
O secretário-geral da IRU, Umberto de Pretto, considera que “o sector do transporte rodoviário precisa de jovens para satisfazer a crescente procura por motoristas e garantir a continuidade dos serviços. A idade média dos motoristas de camião em alguns locais é de 55 anos. Isso tem de mudar”.
Segurança não tem idade
A entidade considera que “os rígidos requisitos de formação para entrar na profissão significam que os motoristas mais jovens não estão mais sujeitos a acidentes do que os mais velhos. Na verdade, a taxa de acidentes é ainda maior em países com idade mínima de 21 anos do que naqueles em que a idade mínima é de 18,5 anos”.
A Europa irá, até 2022, fazer uma revisão da Directiva sobre a Carta de Condução, o que, de acordo com a IRU, “proporcionará a oportunidade” de fixar a idade mínima para todos os motoristas profissionais em 18 anos.
“O sector do transporte rodoviário pode ser uma grande fonte de emprego para os jovens. Mas precisamos que os governos ajam para desbloquear esse potencial e dar-lhes acesso às oportunidades de emprego disponíveis”, indica Umberto de Pretto.