A Islândia anunciou para 1 de Janeiro a criação da sua SECA (zona de controlo de emissões de enxofre), reduzindo para 0,1% o limite do teor de enxofre do combustível usado.
A Islândia tornou-se, assim, o mais recente exemplo de países que estão a ir além das novas regras de emissões impostas pela IMO para vigorarem a partir de 1 de Janeiro (0,5% de teor de enxofre), criando novas SECA.
Isso pode ser uma má notícia para as companhias que optarem por uma estratégia de queima de óleo combustível com baixo teor de enxofre (LSFO) com um máximo de 0,5% em todas as regiões, excepto nas zonas de controlo de emissões de enxofre do Norte da Europa (Mar do Norte, Mar Báltico e Canal da Mancha) e América do Norte (incluindo Canadá e partes das Caraíbas). Os navios que entram nessas SECA são obrigados a trocar de tanque, passando de óleo combustível pesado (HFO) com 3,5% de teor de enxofre para óleo combustível com muito baixo teor de enxofre (ULSFO) com no máximo 0,1% de teor de enxofre.
Esta realidade pode ser positiva para as companhias que investiram na instalação de filtros de gases de escape (scrubbers) nos seus navios, que permitem que as embarcações continuem a usar HFO mesmo em zonas de menor teor de enxofre.
De referir que o ULSFO é, em média, 50 dólares (45 euros) por tonelada mais caro que o LSFO, que, por sua vez, no preço actual de 510 dólares (460 euros) por tonelada, custa mais do dobro do HFO.
O único senão é que os scrubbers de circuito aberto estão a ser proibidos por alguns estados – são já cerca de 80 os portos que os estão a bani-los das águas sob sua jurisdição. Os scrubbers de circuito abeto descarregam a água de lavagem usada no processo de limpeza de combustível de volta para o mar, enquanto os de circuito fechado e híbridos mantêm essa água de lavagem a bordo para descarga juntamente com o resíduo de enxofre num porto designado.
A Islândia, pelo menos para já, permite os scrubbers de circuito aberto.