A gestora de fundos F2i SGR e a Ania (associação italiana de seguradoras) compraram 92,5% do operador italiano de transporte ferroviário de mercadorias CFI.
A compra da Compagnia Ferroviaria Italiana (CFI) é o primeiro negócio do ANIA F2i Fund, o quarto fundo administrado pela F2i SGR. Os 7,5% restantes da empresa permanecem na posse do fundador Giacomo Di Patrizi, que se manterá como CEO da companhia.
A CFI foi fundada em 2007 e é, actualmente, o terceiro maior operador de transporte ferroviário de mercadorias de Itália em volume de negócios, depois da companhia pública Mercitalia e da Captrain (controlada pela francesa SNCF).
Com 230 pessoas nos quadros, a CFI opera cerca de 170 comboios por semana e regista um volume de negócios de cerca de 64 milhões de euros. Os principais clientes da companhia estão nos sectores siderúrgico, automóvel e alimentar. A CFI disponibiliza, além disso, formação, testes e serviços especializados de transporte.
O sector ferroviário é um novo mercado para a F2i, que tem investimentos em portos, aeroportos, auto-estradas, redes de distribuição de energia, energias renováveis, telecomunicações, assistência social e de saúde através de 19 companhias geridas, com uma facturação combinada de 4,3 mil milhões e 19 mil trabalhadores.
“Com esta operação, o ANIA F2i Fund entra num sector essencial para o apoio ao sistema nacional de produção e, ao mesmo tempo, crucial para contribuir para a descarbonização progressiva do transporte de mercadorias em Itália”, referiu, em comunicado, o CEO da F2i SGR, Renato Ravanelli.
A presidente da Ania, Maria Bianca Farina, sublinhou, por seu turno, que a pandemia de Covid-19 “mostrou o quão importante é para a Itália ter operadores independentes e eficientes para o transporte ferroviário de mercadorias: nas últimas semanas, muitos dos bens essenciais chegaram às famílias graças a comboios de mercadorias enquanto medidas restritivas à circulação de pessoas impediram o transporte rodoviário. Acreditamos que a infra-estrutura contribuirá para o crescimento da nossa economia e confirmamos o compromisso do sector de seguros de apoiar o sistema do país, mesmo em tempos difíceis”.