João Galamba apresentou o pedido de demissão do cargo de ministro das Infraestruturas. O Presidente da República exonerou-o.
“Apresentei este pedido de demissão após profunda reflexão pessoal e familiar, e por considerar que na minha qualidade de pai e de marido esta decisão é a única possível para assegurar à minha família a tranquilidade e discrição a que inequivocamente têm direito”, afirma João Galamba no comunicado difundido pelo Ministério das Infraestruturas.
O agora ex-ministro foi constituído arguido, na semana passada, no âmbito de uma investigação do Ministério Público a negócios do lítio, hidrogénio e centro de dados de Sines.
Na audição na Assembleia da República, na sexta-feira, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2024, João Galamba tinha dito que não tinha intenção de se demitir.
No comunicado de hoje, afirma que “apresentei o meu pedido de demissão apesar de entender que não estavam esgotadas as condições políticas de que dispunha para o exercício das minhas funções”.
A permanência de João Galamba no Governo seria o tema de uma reunião agendada para esta terça-feira, entre o Presidente da República e António Costa.
João Galamba assumiu a pasta das Infraestruturas em Janeiro, na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos.
Com a sua saída mais deverá complicar-se o avanço de alguns dossiers em curso, nomeadamente nos portos (novo regime das concessões e novos planos estratégicos), mas também na ferrovia (Alta Velocidade, compra de comboios pela CP), já para não falar dos casos do novo aeroporto de Lisboa e da privatização da TAP.
Graças a Deus, agora vem o 2o Pedro ainda pior que o Santos, ” venha o diabo e escolha”, tragédia