Os transportes e a logística têm, sem surpresa, um desafio verdadeiramente olímpico nos “Jogos” do Rio de Janeiro. O evento implica o encaminhamento de cerca de 30 milhões de itens, desde preservativos a cabos para cronometragens.
O director de logística do Rio 2016, Fernando Cotrim, disse à “Bloomberg” que 70% das importações chegaram por mar (em cerca de 6 000 contentores), 25% por avião e o restante por camião.
Só da China chegaram ao Rio de Janeiro 40 mil camas e colchões. Para facilitar a entrada dos bens necessários à realização do evento, o Brasil aprovou, em 2015, legislação para simplificar a burocracia associada. Segundo Cotrim, as mercadorias podem ser desalfandegadas no mesmo dia em que chegam ao Brasil, o que contrasta com o habitual no país.
Cavalos são a “medalha”
Fernando Cotrim destaca três mercadorias como sendo as mais desafiantes a chegarem ao Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos: armas de fogo para as provas de tiro, fluídos corporais de atletas e cavalos para as provas equestres.
Em relação aos cavalos, a primeira dúzia de animais foi transportada pela Emirates Sky e partiu de Londres Stansted no dia 29 de Julho para um voo de quase 12 horas até ao Brasil. Nos Boeing 777 cargueiros seguiram a bordo 11 tratadores e, pelo menos, um veterinário. Houve, também, partidas de Liège, Miami e Nova Iorque. Os últimos dos 310 cavalos que viajaram para o Btasil partiram ontem.
O Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) investiu, desde Agosto de 2014, dois mil milhões de reais (568 milhões de euros) na melhoria das infra-estruturas. Metade daquele valor foi aplicado numa rampa para passar os cavalos para os camiões que os transportam para a zona de competição.