A Janela Única Logística (JUL) estará em pleno funcionamento nos portos da Madeira a partir de hoje, garante a Administração Portuária (APRAM).
O arranque da JUL na Madeira, que chegou a ser anunciado para segunda-feira passada, acontecerá, afinal, apenas hoje, segunda-feira, mas em pleno, garante a a APRAM.
A APRAM foi escolhida como primeiro porto piloto, precisamente por reunir realidades diferenciadas como o porto do Funchal, o porto do Caniçal e o porto do Porto Santo, que, no seu conjunto, agregam passageiros e carga, ao contrário de outros portos portugueses”, justifica a presidente do Conselho de Administração da APRAM.
Em declarações prestadas ao site da empresa, Lígia Correia refere que o sucesso na implementação desta nova plataforma nos portos da Madeira implicou”mais de um ano de sucessivas reuniões na região e no continente, de acções deformação que envolveram mais de uma centena de pessoas da comunidade portuária madeirense e uma segunda fase de dois meses e meio de testes intensivos”.
O investimento nesta Janela Única Logística (JUL) permite uniformizar os procedimentos dentro dos portos portugueses na liderança dos processos de digitalização portuária, possibilitando que na mesma plataforma todas as entidades envolvidas numa escala possam intervir.
A chegada a este ponto da JUL acontece depois de um período de transição da Janela Única Portuária (JUP) para a nova plataforma, em funcionamento desde as zero horas de hoje, segunda-feira.
A construção desta plataforma digital do sistema logístico portuário começou em Março do ano passado, na Madeira, e envolveu mais de uma centena de funcionários de várias entidades, públicas e privadas da região. Em Outubro iniciaram-se os primeiros testes e a formação para todos os utilizadores.
A JUL alarga a JUP a toda a cadeia logística, integrando os meios de transporte terrestres e as ligações aos portos secos e plataformas logísticas, numa lógica intermodal.
A ideia é assegurar uma maior fluidez de informação e aumentar a eficiência dos portos portugueses e das respectivas cadeias logísticas, através da simplificação e desmaterialização dos procedimentos nos transportes no contexto nacional e transfronteiriço, bem como a redução de custos administrativos e dos tempos de trânsito das mercadorias.
O projecto envolve a construção de um novo modelo de referência nacional e a implementação em cada administração portuária, incluindo a instalação de hardware e software de base necessários ao funcionamento desta plataforma.
O investimento ascende a 5,1 milhões, co-financiado em 85% a fundo perdido pelo Compete 2020.