Jean-Claude Juncker propõe a criação de um órgão europeu de inspecção e fiscalização dos trabalhadores destacados. A proposta do presidente da Comissão Europeia, que falava no habitual discurso de Setembro sobre o futuro da Europa, chega numa altura em que a directiva sobre o tema está em processo de revisão.
O presidente da Comissão considera que “é absurdo ter uma autoridade bancária para fazer aplicar as normas bancárias e não haver uma autoridade do trabalho conjunta para garantir a equidade no nosso mercado único”.
Já antes, Jean-Claude Juncker havia referido ter o desejo de que não haja “trabalhadores de segunda classe” dentro da União Europeia e que “aqueles que fazem o mesmo trabalho, num mesmo local, devem receber o mesmo salário”.
O governante comunitário reiterou o seu desejo de combater o dumping social. “Os Estados-membros terão de chegar a acordo sobre a fundação de direitos sociais europeus o mais rapidamente possível, o mais tardar, na cimeira de Gotemburgo, em Novembro. Os sistemas sociais nacionais permanecerão diferentes e separados por muito tempo”, disse Juncker.