A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) decidiu suspender a aquisição de novos aviões Boeing para reforçar a frota e abrir novas rotas, devido à situação financeira complicada em que se encontra, anunciou, segunda-feira, em Maputo, o presidente da companhia estatal.
À margem do XXI Conselho Consultivo do Instituto de Gestão das Participações do Estado (Igepe), António Pinto de Abreu disse que a decisão ficou simplesmente a dever-se ao facto de a companhia não ter capacidade financeira para pagar novos aparelhos.
O primeiro de três aviões contratados, já em 2014, com a Boeing deveria, em princípio, chegar a Moçambique no próximo mês de Novembro e os outros dois em 2017 e 2018, no âmbito de um plano que pretendia expandir a presença da companhia aérea de bandeira aos principais destinos da região.
O presidente da LAM, citado pela “AIM”, disse ainda que a companhia tem um passivo de 139 milhões de dólares, inferior ao de 160 milhões que o conselho de administração encontrou quando tomou posse, há cerca de seis meses.
Não obstante a redução do passivo, António Pinto de Abreu salientou que a saúde financeira da LAM não é boa, evidenciando o relatório e contas de 2015 uma situação deficitária, que decorre de razões de carácter estrutural. Entre elas, a diversificação das marcas da frota, que gera custos adicionais. A frota da LAM é composta por aviões Boeing (B737-500), Embraer (E190) e Bombardier (Q400).
A LAM está impedida de voar para a União Europeia.