O concurso para o primeiro troço da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa foi hoje lançado pelo primeiro-ministro António Costa. Em causa a concessão de um troço de 71 quilómetros, entre o Porto e Oiã.
Mesmo a tempo de não eprder (espera-se) o co-financiamento comunitário., no âmbito do CEF, o Governo lançou hoje o primeiro concurso da futura linha ferroviária de Alta Velocidade que há-de ligar o Porto a Lisboa, libertando a estafada Linha do Norte de parte significativa do tráfego de passageiros e potenciando a criaçao de novos serviços (em combinação com a rede convencional).
O concurso hoje lançado prevê o estabelecimento de uma parceria público-privada (PPP) para a conceçpção, construção, manutenção e financiamento do troço entre o Porto e Oiã. A futura operação ficará a cargo da Infraestruturas de Portugal.
O investimento previsto para este primeiro troço é de 1,978 mil milhões de euros, com os fundos comunitários a participarem com 480 milhões. O segundo troço da primeira fase da nova linha de Alta Velocidade há-de ligar Oiã a Soure e pressupõe um investimento de 1,751 mil milhões de euros (249 milhões de fundos comunitários).
A concretização do primeiro troço prevê a construção de uma nova ponte sobre o Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, e também de uma nova estação, em Santo Ovídio, precisamente em Gaia.
A primeira fase da Alta Velocidade, entre o Porto e Soure, deverá estar concluída em 2030. E a segunda fase, entre Soure e Carregado, decorrerá entre 2027 e 2032. A terceira fase, a entrada em Lisboa, permanece sem data.
A nova linha será construída em via dupla e em bitola europeia. Uma opção contestada por muitos, mas que o Governo e a Infraestruturas de Portugal continuam a defender, desde logo por permitir a integração com a rede convencional existente, mas também por Espanha não ter previstas ligações à fronteira em bitola UIC.
Para quando toda a linha estiver construída, a Infraestruturas de Portugal promete um tempo de viagem entre o Porto e Lisboa (sem paragens) de 1h15, não sendo claro se essa estimativa já conta com o último troço Carregado – Lisboa.