O porto de Leixões fechou o ano de 2022 com 14,9 milhões de toneladas movimentadas, menos 2% que no ano anterior, de acordo com a informação hoje disponibilizada no site.
Uma vez mais, a quebra na movimentação de granéis líquidos foi a principal causa do resultado negativo verificado em Leixões, mesmo se todos, ou quase, os segmentos de carga terminaram o ano em terreno negativo. Só os granéis sólidos cresceram.
O porto nortenho continua a pagar a factura do encerramento da refinaria da Petrogal em Matosinhos. Só no ano passado, a movimentação de granéis líquidos recuou mais 13%, ou cerca de 400 mil toneladas, para apenas 2,4 milhões de toneladas. E disso se ressente o resultado global, sendo necessário recuar a 2010 para encontrar o último score abaixo dos 15 milhões de toneladas.
Ao invés, os granéis sólidos avançaram 300 mil toneladas, ou 12%, tendo superado a fasquia dos 2,8 milhões de toneladas processadas.
A carga contentorizada cedeu 1% para sete milhões de toneladas, a carga geral fraccionada deslizou 3% para 1,2 milhões de toneladas, e a carga ro-ro recuou 5% para 1,5 milhões de toneladas.
A movimentação de contentores, medida em TEU, cedeu 1% em termos homólogos, com um acumulado de 713 401, o segundo melhor resultado de sempre, só superado pelo recorde de 2021 (717 954 TEU).
Ao longo de 2022 foram 32 434 os navios que escalaram o porto de Leixões. Um crescimento homólogo de 1% que, medido em GT, atingiu os 23%.
Em Dezembro, marcado pela greve dos trabalhadores das administrações portuárias, o porto nortenho recebeu menos 20 navios e processou menos 103 mil toneladas que no último mês de 2021.
Infelizmente o porto de Leixoes continuará pagar as consequências de ter adiado demasiadas décadas ampliação dos seus terminais de contentores. E se pensarmos que as obras vão durar até 2030 lol …
Se o porto de Leixoes não lanca em 2023 os 2 concursos internacionais para as 2 concessoes dos 2 terminais multiusos e contentores acontecerá o mesmo que em Sines, perderá a oportunidade para os portos espanhóis vizinhos, Vigo e Bilbao, pois é !