A APDL vai investir dois milhões de euros na reconstrução do Titan, um dos dois históricos guindastes a vapor que esteve na construção do porto de Leixões.
Se tudo correr como previsto, no próximo Verão o Titan estará de novo no seu lugar, no extremo do Molhe Sul do porto de Leixões, completamente recuperado e disponível para a fruição de quem o queira visitar.
A APDL apresentou hoje o projecto Titan – O Renascer, um trabalho de arqueologia industrial coordenado pelo historiador Joel Cleto e a ser executado pela empresa Macwide, a vencedora do concurso público internacional promovido para o efeito.
Foi em Junho do ano passado que a então ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou a intenção de construir uma réplica do Titan. Um ano volvido, o projecto terá evoluído e, apesar da degradação do equipamento original (agravada pelo acidente ocorrido aquando da sua remoção para a construção do novo terminal de contentores, há oito anos), o objectivo será agora recuoerá-lo.
“Hoje, anunciámos o que há muito havíamos prometido: vamos devolver à cidade de Matosinhos e a todo o seu litoral aquela que é uma memória paisagística da nossa costa. O valor patrimonial do Titan é inegável e, por isso, será visitável por todos num percurso que se pretende que integre os passeios das famílias, as visitas das escolas e as rotas dos turistas”, salienta Nuno Araújo, presidente da APDL.
A propósito da reconstrução do Titan, a APDL propõe-se realizar um interessante programa de iniciativas culturais, com a edição de textos, a realização de palestras e exposições e o envolvimento da comunidade escolar.
A recuperação do Titan, um verdadeiro símbolo do património industrial de Portugal, vai poder ser acompanhada por toda a comunidade com a transmissão de vídeos e fotografias da obra nas plataformas de comunicação especialmente criadas para o efeito (Facebook e Website).
O Titan é um grande guindaste de ferro, único em todo o mundo, que tinha uma capacidade de levantamento de 50 toneladas de pedra e que esteve envolvimento na movimentação dos grandes penedos (os “leixões”) para a construção do porto artificial na foz do rio Leça. O Titan tem um irmão gémeo, que permanece, vigilante, no Molhe Norte do porto de Leixões.