Leixões está apostado em criar uma rede de portos secos, “braços armados” para intervir no mercado, adiantou o presidente da APDL ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Guarda, Entroncamento e Bobadela estão no radar do Porto de Leixões para aí estabelecer “portos secos” e, assim, consolidar a posição do porto nortenho nesses mercados. A ideia é, assumiu Nuno Araújo, em entrevista ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, “criar mais concorrência no mercado, criar mais soluções e, com isso, embaratecer os custos logísticos dos nossos clientes e da economia”.
“Não queremos ficar limitados à Plataforma Logística de Leixões”, referiu. A aposta é na “expansão do Porto de Leixões para determinados territórios, onde hoje temos cargas e onde os nossos clientes têm muito interesse em trabalhar com Leixões”.
A Olano, que recentemente se instalou na Plataforma Logística de Leixões, deverá tornar-se em breve o parceiro da APDL no desenvolvimento do porto seco na Guarda (onde o operador logístico tem uma forte presença na PLIE), Leixões aposta aí em consolidar a presença no mercado da zona Centro, com os olhos postos também no outro lado da fronteira.
Mas os planos contenplam também o Entroncamento e a Bobadela, sem esquecer, o terminal ferroviário da IP em Leixões, que a APDL pretende gerir.
Nuno Araújo fala numa postura diferente da tradicional dos portos nacionais e admite até algumas reacções do mercado – “é a vida…”. Mas o presidente do Porto de Leixões quer avançar depressa, apostado em que até ao final do ano haja novidades.
“Não vamos ficar à espera do que outros andam a fazer”, referiu. Pelo que Leixões se dispõe a assumir o papel de “principal promotor”, investindo em consonância. “Estamos a dar passos significativos para que as empresas aproveitem os benefícios da legislação que criou os “portos secos”, disse. “Queremos terminais, portos secos (…) queremos criar outras condições e poder intervir no mercado”.
O terminal ferroviário de Leixões encaixa-se nessa estratégia. A APDL aposta em eliminar as barreiras físicas e burocráticas, com isso transformando o terminal numa plataforma rodo-ferro-marítima, com acesso directo pela VIPL e pela Portaria Única (o que, além do mais, retirará mais camiões da malha urbana). “Queremos gerir o terminal da IP”, rematou Nuno Araújo.
Parabéns à APDL pela definição da sua nova estratégia.
Não esquecer que há muitos anos que os territórios do Norte de Espanha (Leon+ Puebla de Sanabria e até mesmo Santander) ambicionam estar ligados a Leixoes por via terrestre através de Bragança e da A4.
Os empresários do Norte, ao contrário dos políticos de Lisboa sempre pensaram a médio e longo prazo, razão pela qual o que é TABÚ para António Costa não o é para Rui Rio, etc, por isso é que Portugal com as esquerdas perde PIB ao contrário do Norte !
o porto de Leixões também tem que pressionar o desgoverno de António Costa & Pedro Santos a licenciar o mais breve possível, porque já passou 1 anos !, a obra de Carlos Vasconcelos poder concretizar em Famalicão o mega-porto seco, o maior de toda a Península Ibérica no valor de 35 milhões de euros, grande Força !