Lídia Sequeira será a nova presidente das administrações portuárias de Lisboa e Setúbal. A sua nomeação – e dos demais administradores – só estará dependente da validação pela Cresap, o que será uma questão de tempo.
Lídia Sequeira, possuidora de um invejável curriculum na administração pública na área dos transportes, liderou o porto de Sines quando Ana Paula Vitorino era secretária de Estado (foi substituída por João Franco, que integrava a sua equipa) e, desde que a nova ministra do Mar tomou posse, tem sido um valioso “braço direito” da governante.
Inclusivamente, foi ela a escolhida para mediar as negociações entre os operadores e os trabalhadores portuários de Lisboa, em representação da ministra do Mar, quando Ana Paula Vitorino chamou a si o desafio de conseguir a paz social no porto da capital.
Será este, de resto, seguramente, um dos dossiers prioritários que Lídia Sequeira terá de tratar assim tome posse.
Com ela tomarão posse mais quatro administradores, com a novidade de um ir ser indicado pela Área Metropolitana de Lisboa. Ricardo Roque, que já foi administrador do porto de Setúbal no elenco anterior a Vítor Caldeirinha, é um nome certo no novo elenco. Carlos Correia, ex-presidente do IMT, será outra escolha segura.
Plano estratégico será prioridade
A nova administração conjunta terá por missão prioritária delinear um plano estratégico comum aos portos de Lisboa e Setúbal, tratando de valorizar as potencialidades e especificidades de cada um, numa lógica de complementaridade.
Note-se que para Lisboa os planos ainda em cima da mesa apontam para a retirada da movimentação de cargas da margem Norte, mantendo-se em aberto a construção de um novo terminal de contentores na margem Sul.
Setúbal, por seu turno, tem-se se assumido como um complemento / alternativa a Lisboa, com capacidade instalada ainda subaproveitada e, mais do que isso, com possibilidades de expansão “quase” ilimitadas e a baixo custo.