Os portos de Lisboa e Setúbal têm a partir de hoje uma administração comum. Lídia Sequeira, que já liderou o porto de Sines, é a nova presidente, sucedendo a Marina Ferreira e a Vítor Caldeirinha, respectivamente.
A nova administração conjunta é composta por cinco elementos (curiosamente, um número igual ao da soma dos dois elencos anteriores). Além de Lídia Sequeira, contam-se Ricardo Roque (que integrou o CA de Setúbal sob a liderança de Carlos Gouveia Lopes), Carlos Correia (que já foi presidente do Instituto da Mobilidade e Transportes) e José Castelo Branco (quadro da Direcção-Geral de Tesouro).
Conhecidos que já eram estes nomes, a novidade é mesmo José Neves, jurista, indicado pela Área Metropolitana de Lisboa. Curiosamente, ou talvez não, o novo administrador dos portos de Lisboa e Setúbal integra os quadros da Câmara Municipal do Barreiro, que está empenhada na construção do novo terminal de contentores da capital no seu território.
No imediato, Lídia Sequeira terá de lidar com a grave crise que avassala o porto de Lisboa e que ameaça a sua viabilidade. A gestora conhece bem o que está em causa entre operadores e estivadores uma vez que tem acompanhado as negociações em representação da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
Além disso, a nova administração terá de apresentar muito em breve um novo plano estratégico para o desenvolvimento integrado dos portos dos estuários do Tejo e do Sado. Será essa uma verdadeira “prova de fogo” às virtualidades do modelo de gestão adoptado pelo Executivo.
Sines continua à espera de decisões
Decidida a gestão dos portos de Lisboa e de Setúbal, resta agora o “caso” do porto de Sines.
A continuação da equipa liderada por João Franco estará fora de causa, apesar de o porto alentejano estar a ser o “motor” da implementação de algumas das medidas emblemáticas do Governo para o sector, como é o caso da Factura Única Portuária.
Os novos dirigentes de Sines terão, entre outras tarefas, de gerir o processo de expansão da capacidade de movimentação de contentores, seja mediante a renegociação da concessão do Terminal XXI com a PSA, seja através do lançamento de uma segunda concessão, hipótese que parece ganhar consistência até pelo cada vez mais falado “interesse” da China na plataforma nacional.
Forças para a nova gestão do Porto de Lisboa e do Porto de Setúbal.
Sendo a especialização um dos caminhos a seguir, admito que único neste caso, à que dedicar Lisboa aos Cruzeiros, em exclusivo, e Setúbal às Mercadorias.
Não obstante a mais valia para os estivadores também o tecido empresarial e a economia nacional saiam a ganhar.
Votos do melhor sucesso para Portugal.
Subscrevo 100 % do comentário do Mar, especialização é a única salvação para os portos de Lisboa e Setúbal, oxalá a nova presisdente, Engª Lídia Sequeira que “fez”o novo terminal de contentores de Sines em 2014” e com todas as provas dadas de competência saiba isso para pôr em prática sem interferência da Ministra do Mar, os grandes cruzeiros para Lisboa, mantndo claro os graneis sólidos e líquidos na outra margem e os contentores para Setúbal “matando a loucura” do novo terminal no Barreiro que seria Elefante Branco financeiro que Portugal já não pode pagar, basta apenas BOM SENSO e 1 pouco de inteligência