É oficial. Lídia Sequeira cessou funções como presidente dos portos de Lisboa e Setúbal, colocando um ponto final numa longa carreira de gestora pública.
Ao que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS apurou, Lídia Sequeira já teria pedido no ano passado para ser libertada de funções para poder aposentar-se, mas ter-lhe-á sido pedido pela tutela para manter-se mais algum tempo. Agora a decisão tornou-se efectiva, mesmo sem substituto nomeado.
Lídia Sequeira era presidente dos portos de Lisboa e Setúbal desde Maio de 2016 (quando foi estreado o modelo de uma administração comum para os dois portos), mas já antes disso, e enquanto “braço direito” da então ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, esteve envolvida nas negociações entre operadores e estivadores que resultaram num acordo que, à altura, prometia uma paz social duradoura para o porto da capital.
Antes de Lisboa e Setúbal, Lídia Sequeira liderou o porto de Sines entre 2005 e 2013, período que coincidiu com o primeiro grande desenvolvimento do Terminal XXI.
Em 2012. Lídia Sequeira foi eleita melhor gestora de empresa pública. O júri justificou assim a escolha: “demonstrou enormes qualidades de liderança nos termos dos critérios definidos para este galardão”. E os critérios eram: carácter e demonstração de fortes princípios éticos, identificação de um rumo inovador para a organização, obtenção de resultados organizacionais sustentáveis e socialmente aceites, transformação e aumento da capacidade da organização para o futuro e capacidade para atrair, reter e desenvolver talentos e líderes futuros.
O conselho de administração dos portos de Lisboa e Setúbal foi eleito para o mandado 2016-2018. Com a saída de Lídia Sequeira, fica reduzido a quatro elementos: José Castel-Branco (que assume os pelouros da presidente), Ricardo Santos, Ricardo Roque e Carlos Correia.
Portugal e o Alentejo, nomeadamente os portos de Sines e Setúbal ficarão para sempre devedores da enorme visão e planeamento que a Engª Lídia Sequeira teve no sector portuário. Ao contrário dos gestores públicos de carreira quase todos boys dos aparelhos políticos e partidários que coleccionaram “tachos” esta Senhora percebeu antes de tempo a necessidades de atrair para o terminal XXI de Sines 1 grande operador mundial (MSC) sem o qual o porto de Sines nunca “arrancaria” para o crescimento extraordinário que teve nos primeiros anos tendo apenas mais tarde sido travado pela falta de ambição de Ana Paula Vitorino no governo de José Sócrates. Muitos Parabéns por tudo.
Lidia Sequeira:
Grande mulher e grande gestora a quem o sector portuário e as áreas geográficas servidas devem serviçosextraordinários de desenvolvimento económico e social.Poderia ainda servir o país por mais anos. Certamente poder politico pretende empregar mais um boy!