A Linerlytica diz que os últimos resultados da Maersk provam o falhanço da sua estratégia de integração vertical com a logística.
No seu mais recente relatório, depois de serem conhecidos os resultados da Maersk no segundo trimestre de 2023, a Linerlytica sustenta que a companhia dinamarquesa andou mal em desinvestir no shipping e que os massivos investimentos na logística estão a revelar-se pouco rendíveis.
Para a consultora, o fracasso (ou estratégia…) da Maersk em manter a sua quota de mercado no shipping de contentores nos últimos três anos ter-lhe-á custado “pelo menos quatro mil milhões de dólares de lucros” que teria gerado caso mantivesse a sua de quota de 18% ao invés dos actuais 15,5%.
Ainda assim, nota a Linerlytica o negócio Ocean garantiu um retorno do capital investido de 4,1% (1,2 mil milhões de dólares de EBIT para um investimento de 29 mil milhões). E mesmo o negócio dos terminais (APM Terminals gerou um retorno de 3,4%.
Ao invés, a área da logística, onde a Maersk investiu “quase dez mil milhões de dólares” desde 2020, gerou um EBIT de “apenas” 115 milhões de dólares, ou um retorno do capital investido de 1,4%, sublinha o relatório.
Conclusão da Linerlytica: as sucessivas aquisições da Maersk no segmento da logística “falharam sistematicamente o que prometeram, com ganhos que são muito curtos para os custos do capital”.
A Maersk registou no segundo trimestre do ano corrente um volume de receitas de 13 mil milhões de dólares (21,7 milhões de dólares no período homólogo de 2022) e um resultado líquido de 1,5 mil milhões de dólares (8,6 mil milhões há um ano).