Dezembro é a nova data prevista pela Infraestruturas de Portugal (IP) para a reabertura ao tráfego da Linha da Beira Alta. Os operadores foram avisados hoje. E continuam sem receber quaisquer compensações.
Em Abril do ano passado, a IP anunciou o fecho da Linha da Beira Alta, com a justificação de, assim, acelerar os trabalhos de modernização daquela via, essencial ao encaminhamento das mercadorias de/para Espanha.
Na altura, à cautela, a IP falou num “período estimado de nove meses”, o que atirava para o fim de 2022, início de 2023, a reabertura ao tráfego. Os responsáveis da IP parecia que adivinhavam que a coisa não iria correr de feição, porque em Novembro deixaram de comprometer-se com a data de reposição da circulação dos comboios. E hoje soube-se que Dezembro é o novo horizonte.
A notícia foi avançada pelo “Público” e confirmada pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS junto dos operadores ferroviários afectados, que terão sido também hoje informados do atraso.
A realização de trabalhos não previstos e as dificuldades na contratação de mão-de-obra e materiais são as razões invocadas para justificar mais um ano de atraso na modernização da Linha da Beira Alta que o Ferrovia 2020 previa ficasse pronta algures em 2019.
Em Novembro do ano passado, Carlos Cipriano, no “Público”, lembrava que a construção dos 252 quilómetros originais da Linha da Beira Alta, no último quarto do século XIX, demorou cerca de quatro anos…
O fecho da linha perturba, claro, o transporte de passageiros, com a CP obrigada a manter um serviço de transbordo rodoviário, mas penaliza sobretudo o transporte de mercadorias. Porque a alternativa ferroviária (Linha da Beira Baixa) é mais cara e tem menos capacidade, e porque a transferência das cargas para a rodovia arrisca ser uma ida sem volta.
Como se isso não bastasse, confirmou hoje o TRANSPORTES & NEGÓCIOS, as prometidas compensações pelos sobrecustos operacionais suportados pelos operadores de mercadorias (para que nem eles, nem os seus clientes sintam a diferença na factura a suportar) continuam por ser pagos.
“Já assinámos [o acordo sobre as compensações] mas ainda não conseguimos fechar a quantificação dos valores, logo ainda não recebemos”, lamentou o porta-voz de um dos operadores.
O atraso da modernização da Linha da Beira Alta poderá também atrasar a implantação do porto seco que o Porto de Leixões se propõe desenvolver na Guarda, uma vez que parte do terreno a ele destinado, na estação ferroviária local, está ocupado com o estaleiro das obras.
É lamentável e vergonhosa tamanha incompetência da IP e de Pedro Nuno Santos. Foi embora mas já jdemasiado tarde, NÃO FEZ NADA e adia mais um ano a conclusão da linha ferroviaria da Beira Alta !
Pedro Nuno Santos igual a Fernando Medina e Antonio Costa, roubam as empresas e todas as familias sem as compensarem. Socialistas de 3a categoria empobrecem Portugal há 20 anos !!!