A circulação na Linha da Beira Alta, entre Celorico da Beira e Guarda, esteve interrompida 17 horas e agora processa-se a um máximo de 30 km/hora, em resultado de mais um descarrilamento.
O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira e envolveu uma composição da Medway, carregada de bobinas de ferro. O restabelecimento da circulação aconteceu às 9h45 de sábado passado, com a velocidade limitada aos tais 30 km/hora.
As causas do acidente estão ainda por determinar. Certo é que o último vagão saltou dos carris e foi arrastado durante algumas dezenas de metros, danificando o veículo e a via. Deficiência da infra-estrutura, ou do material circulante, ou mesmo erro humano, o certo é que os prejuízos serão avultados, faltando saber quem pagará a factura.
Certo também é que este não é o primeiro descarrilamento de comboios de mercadorias na Linha da Beira Alta, seja da Medway (à altura CP Carga), seja da Takargo, com os operadores a queixarem-se então do estado deficiente da via.
Curiosamente, este acidente ocorre poucos dias de a IP e o Governo anunciarem o concurso para a modernização do troço Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa e para a construção da concordância da Guarda, de ligação das linhas da Beira Alta e Beira Baixa.
Este acidente mais pode alimentar também a discussão sobre a escolha entre a modernização da Linha da Beira Alta e a construção de raiz de uma nova ligação.