A CP transportou 25 780 passageiros entre a Guarda e a Covilhã, desde que aquele troço da Linha da Beira Baixa reabriu, há um ano, numa média de 78 passageiros/viagem.
“A maioria dos clientes que viaja, com origem e destino neste troço, realiza as suas deslocações entre a Covilhã e a Guarda (56,7% do total), seguindo-se os percursos Covilhã – Belmonte/Manteigas (10% do total) e Covilhã – Caria (10% do total)”, referiu a empresa à “Lusa”, a propósito do primeiro aniversário da reabertura total da Linha da Beira Baixa, a 2 de Maio de 2021.
Aquele troço estava fechado desde 2009 e reabriu após obras de requalificação e de electrificação, num investimento de cerca de 77 milhões de euros.
A CP efectua por dia seis comboios Intercidades (três por sentido) e seis comboios Regionais (três por sentido).
O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, considera “claramente positiva” a abertura da ferrovia entre aquela cidade e a Guarda, mas reivindica mais ligações para a região.
“Estas ligações vêm melhorar as acessibilidades e condições de mobilidade de e para a Covilhã e a região através de um meio de transporte mais amigo do ambiente”, afirmou à “Lusa”.
Lembrando que, desde o início do seu primeiro mandato, tem procurado sensibilizar a tutela e a CP, Vítor Pereira reafirmou que são precisos mais serviços para tirar o devido partido do investimento que foi feito.
Tal como já tinha feito na cerimónia oficial da inauguração do troço, o autarca voltou a reivindicar a criação de um serviço suburbano, que garanta as ligações entre a Guarda, Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco.
Defendeu igualmente a concretização do investimento necessário para reduzir o tempo de viagem entre a Covilhã e Lisboa, das actuais três horas e vinte minutos para duas horas e quarenta minutos.
O autarca disse esperar ver concretizadas as ligações a Coimbra e ao Porto, que já foram anunciadas e que devem ser criadas após a conclusão das obras da Linha da Beira Alta, uma vez que será um serviço feito através da concordância entre as duas linhas.
A criação de ligações regulares a Espanha (nomeadamente a Salamanca) a reactivação dos serviços Sud Expresso e Lusitânia são outras das reivindicações.
“Aguardo com expectativa que estes contributos e reivindicações possam ser acolhidos no âmbito do serviço prestado e do Plano Nacional Ferroviário 2030”, disse.