A Linha da Beira Baixa será inaugurada no final do ano e o Ferrovia 2020 ficará concluído dentro do prazo, até Dezembro de 2023, garante Pedro Nuno Santos.
“A ferrovia é um instumento promotor da coesão territorial, grande parte dos investimentos que estão a ser feitos são de ligação do litoral com o interior e do interior com o próprio interior, como é o caso da Linha da Beira Baixa que estará pronta para ser inaugurada até final deste ano”, disse, ontem, o ministro no Parlamento.
A modernização do troço Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa foi lançada em Março de 2018, dez anos depois do seu encerramento ao tráfego, e para estar concluída em 18 meses, num investimento de cerca de 77 milhões de euros, que inclui a construção da concordância que ligará as linhas da Beira Baixa e da Beira Alta.
Questionado pelos deputados sobre a execução do Ferrovia 2020, o titular da pasta das Infraestruturas disse que neste momento “75% do Ferrovia 2020 estão em obra ou em contratação para obra”, indicando que existem vários investimentos em curso e com obra concluída estão apenas 8%.
“O prazo final para financiamento comunitário é Dezembro de 2023 e assim será”, garantiu Pedro Nuno Santos, indicando que não se registam atrasos novos, pelo que os prazos serão cumpridos e o Ferrovia 2020 será “totalmente executado no final deste prazo”.
Segundo o ministro, “é normal” que no processo de contratação e investimento público haja alguns prazos que possam resvalar mas “na globalidade” os prazos estão a ser cumpridos”. O Governo prevê ter “tudo em empreitada” no primeiro trimestre de 2021, disse ainda.
Sobre o Plano Nacional Ferroviário, previsto no programa do Governo, o ministro disse que o debate será lançado em Janeiro e que o Executivo espera apresentá-lo no Parlamento dentro de um ano “no máximo”.
“Janeiro de 2021 é o mês em que vamos dar o arranque para o grande debate nacional”. “Queremos um grande debate nacional que envolva operadores, autarcas, associações empresariais, trabalhadores, para que o país se envolva sobre a rede ferroviária”, sublinhou Pedro Nuno Santos.