O concurso para a realização do estudo prévio e projecto de execução da reabilitação do Pocinho – Barca d’Alva, na Linha do Douro, foi prolongado por três meses.
É mais um atraso num processo que já se arrasta há anos. Ainda que desta feita sejam só mais três meses. O concurso para a realização do estudo prévio e projecto de execução da reabilitação e reabertura do troço Pocinho – Barca d’Alva, da Linha do Douro, foi lançado em meados de Maio e deveria durar 60 dias. Mas hoje foi anunciada uma prorrogação por 88 dias.
Na prática, portanto, as propostas candidatas ao concurso de 4,2 milhões de euros só deverão entrar na Infraestruturas de Portugal no final de Outubro. A cumprirem-se os restantes prazos, o trabalho só deverá ficar na segunda metade de 2026, mais provavelmente no quarto trimestre.
De acordo com a IP, os trabalhos a realizar no âmbito do concurso agora prorrogado “englobam a elaboração de todos os estudos, relatórios e licenciamentos necessários às aprovações ambientais previstas na legislação em vigor, nomeadamente no Regime Jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental para obtenção de decisão ambiental favorável (Declaração de Impacte Ambiental e Decisão sobre Conformidade Ambiental do projeto de Execução)”.
Cerca de 75 milhões de euros é o custo estimado das obras a realizar para reactivar o troço de 28 quilómetros da Linha do Douro até à fronteira, incluindo-se aí a electrificação de todo o troço, estabilização de taludes e estruturas de suporte, modernização da infra e superestrutura ferroviária, reabilitação do edificado e plataformas existentes, infra-estruturas de sinalização e telecomunicações, reabilitação de túneis e adequação para os gabaritos de catenária e adequação das pontes metálicas, viadutos e passagens inferiores.