O Governo vai criar um grupo de trabalho para estudar as condições da reabertura da Linha do Douro até Barca d’Alva.
O anúncio foi feito pela ministra da Coesão Territorial, hoje, em Torre de Moncorvo. O grupo de trabalho, liderado pela CCR Norte, terá de chegar a conclusões sobre a reactivação da Linha do Douro até ao final do ano.
Em causa está a reactivação da linha entre o Pocinho e a fronteira com Espanha, sem comboios desde 1988. A ministra Ana Abrunhosa disse que o grupo de trabalho estudará os custos da reabertura, o financiamento do investimento e o modelo de negócio.
Quanto custa, já de sabe, pelo menos desde 2917, ano em que um estudo da Infraestruturas de Portugal quantificou em 43 milhões de euros o investimento necessário para levar de novo os comboios à fronteira.
O aproveitamento turístico da linha é o mais óbvio. Mas o transporte de mercadorias deverá também ser equacionado, mesmo se parece difícil, para não dizer impossível, convencer os espanhóis a investirem da recuperação da linha do lado de lá da fronteira – o que permitiria chegar a Salamanca e mais além….
“Estamos a falar de uma região que tem um potencial turístico e produtivo muito importante em várias áreas. É um verdadeiro projeto de coesão territorial, para fomentar o turismo, a agricultura, a agroindústria, e é um projeto que é uma alternativa ao transporte fluvial, que tem as suas limitações pelas condicionantes ambientais”, salientou a ministra, hoje, em Torre de Moncorvo.
Em Março, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, manifestou-se favorável à reabertura da Linha do Douro até Barca d’Alva. Pela mesma altura, o Parlamento manifestou-se, por unanimidade, favorável ao projecto. Agora, avança um grupo de trabalho.
