Dois anos é o tempo previsto para a realização do Estudo Prévio e Projecto de Execução para a reabilitação e reabertura do troço Pocinho – Barca d’Alva, da Linha do Douro.
Depois de autorizada pelo Governo a investir 4,2 milhões de euros, a Infraestruturas de Portugal já lançou o concurso público para a realização do estudo prévio e projecto de execução das obras de recuperação do último troço da Linha do Douro até à fronteira com Espanha.
De acordo com o anúncio publicado em Diário da República, os interessados têm 60 dias para apresentar as suas propostas, e o vencedor disporá de 911 dias para realizar o trabalho. O que, no melhor dos cenários, atira a conclusão para 2026. A portaria das Finanças e das Infraestruturas que autoriza a despesa prevê que ela se estenda até 2029.
De acordo com a IP, os trabalhos a realizar “englobam a elaboração de todos os estudos, relatórios e licenciamentos necessários às aprovações ambientais previstas na legislação em vigor, nomeadamente no Regime Jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental para obtenção de decisão ambiental favorável (Declaração de Impacte Ambiental e Decisão sobre Conformidade Ambiental do projeto de Execução)”.
Os trabalhos previstos para reactivar o troço de 28 quilómetros da Linha do Douro, encerrado desde 1988, incluem a electrificação de todo o troço, estabilização de taludes e estruturas de suporte, modernização da infra e superestrutura ferroviária, reabilitação do edificado e plataformas existentes, infraestruturas de sinalização e telecomunicações, reabilitação de túneis e adequação para os gabaritos de catenária e adequação das pontes metálicas, viadutos e passagens inferiores.
Cerca de 75 milhões de euros é o custo estimado das obras, entre o Pocinho e Barca d’Alva.