O concurso para a modernização do troço Marco – Régua, da Linha do Douro, no valor de 118 milhões de euros, será lançado no início de Junho.
A informação foi hoje avançada, em comunicado, pela Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro), na sequência da reunião de ontem com o ministro e o secretário da Estado das Infraestruturas, que assumiram o compromisso de avançar com a modernização da Linha do Douro.
Actualmenta, a Linha do Douro apenas está electrificada até ao Marco de Canaveses. A intervenção no troço Março – Régua, com uma extensão de 46,6 quilómetros, tem sido sucessivamente adiada. Em Agosto do ano passado, o Governo autorizou a Infraestruturas de Portugal a avançar com a obra, dependendo de um co-financiamento comunitário de 70%..
Na reunião de ontem entre os dirigentes da CIM Douro, o ministro João Galamba e o secretário de Estado Frederico Francisco foi também tratada a modernização do troço Régua – Pocinho.
Assim, segundo os autarcas, na “primeira semana de Junho serão lançados dois procedimentos”, um deles “referente ao projecto de execução das catenárias”, uma intervenção da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP) e que já tem “despesa autorizada”. Depois, avançará também o “projecto de execução que contempla a substituição das pontes, com um valor estimado na ordem dos 2,5 milhões de euros”.
O terceiro procedimento, de acordo com a CIM, “contempla o projecto geral e será lançado em Julho de 2023, no valor de 1,5 milhões de euros”.
Relativamente à reabilitação e reactivação do troço Pocinho – Barca D`Alva, o concurso para a elaboração do estudo prévio e projecto de execução foi publicado no passado dia 10 e tem como prazo de execução 30 meses.
“A Linha do Douro é um projecto de dimensão intermunicipal, com importância reconhecida pela CIM Douro. Não podemos dissociar a ferrovia da forma como a região se desenvolveu, nem o modo como potenciou as relações externas do concelho e da região, com o país e com o mundo”, salientou a comunidade intermunicipal em comunicado
Para a CIM Douro, a electrificação da Linha do Douro e a modernização do troço Peso da Régua – Pocinho “são fundamentais para o reforço da mobilidade, das condições de circulação na linha, correspondendo, simultaneamente, a um serviço de qualidade, associado ao Douro, enquanto Região Demarcada e Património Mundial da Humanidade, uma realidade que se quer ver afirmada e reconhecida em Portugal e no mundo”.