A quadruplicação da Linha do Minho, entre Contumil e Ermesinde, na periferia do Porto, deverá arrancar no próximo ano e custar 120 milhões de euros, avançou a “Lusa”, citando fonte da IP.
A obra, há muito reclamada e prevista no Plano Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030), resolverá os actuais constrangimentos de capacidade, quer na Linha do Minho, quer na Linha do Douro, que com ela divide a plataforma e as duas únicas vias existentes, precisamente até Ermesinde.
O troço a ser intervencionado representa um verdadeiro “gargalo” nas ligações ferroviárias a Norte do Porto, uma vez que entre Contumil e Campanhã, a estação terminal da Invicta, a via já está quadruplicada.
Além dos benefícios para o transporte de passageiros, nos serviços suburbanos, regionais e de longo curso da CP, a quadruplicação da linha beneficiará também o transporte ferroviário de mercadorias. Por exemplo, a Medway conta com ela para poder realizar os comboios que se propõe entre o futuro terminal de Lousado e o porto de Sines.
A execução de toda a empreitada de quadruplicação da linha está dependente da emissão de uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável e “dos eventuais ajustes que venham a ser impostos” pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no processo em curso, iniciado em Outubro de 2022, referiu à “Lusa” uma fonte da Infraestruturas de Portugal.
Em Fevereiro de 2020, após uma consulta pública em Outubro de 2019, a APA declarou a não conformidade de um anterior projecto de execução para a quadrupilicação do troço, que se baseava numa DIA emitida em 2009.
Quanto ao novo projecto, “decorrendo nos prazos habituais, estima-se que a DIA venha a ser concedida no final do 1.º semestre de 2023” e o lançamento do concurso público fica dependente “da abertura de Avisos-Convite, no âmbito do novo Quadro Financeiro Plurianual, ao abrigo do qual a IP irá apresentar candidatura a financiamento comunitário”, acrescentou a mesma fonte.
Será que depois concluidas estas obras e os “gargalos” resolvidos a MEDWAY vai mesmo arrancar com o investimento ferroviario no novo HUB, o maior da Peninsula Ibérica em Famalicão ?