A modernização da Linha do Norte entre Vila Nova de Gaia e Espinho deverá ficar concluída na próxima semana, disse fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP) à “Lusa”.
Deveriam ter decorrido entre 2017 e 2019, mas só se iniciaram em Julho de 2020 para acabar na próxima semana. Trata-se das obras de modernização da Linha do Norte entre Vila Nova de Gaia e Espinho, integradas no Ferrovia 2020.
“As obras estão concluídas, à excepção da Passagem Inferior ao km 324,560 [em Miramar, V.N.Gaia], cujos trabalhos se encontram em fase de conclusão”, disse fonte da IP à “Lusa”, prevendo que estes trabalhos “estejam concluídos na primeira semana [completa] de Agosto 2024”.
“Como é usual em empreitadas desta dimensão, estão também em curso trabalhos de reparação, situações constatadas nas vistorias, para efeitos da recepção provisória da obra”, referiu também a mesma fonte.
A intervenção entre as estações de Espinho e Vila Nova de Gaia (Devesas) envolveu a substituição integral da super-estrutura da via, a alteração dos layout das estações de Granja e Vila Nova de Gaia, a implantação de duas novas diagonais de contravia entre Miramar e Francelos, ou a implantação de duas vias de resguardo, com 750 metros de comprimento útil, para resguardo de comboios de mercadorias, a norte do apeadeiro de Francelos.
Houve também lugar à substituição de passagens de nível por passagens desniveladas (inferiores e superiores, para peões e automóveis), bem como a beneficiação das plataformas de passageiros nas estações de Gaia, Granja e Valadares e nos apeadeiros de Aguda, Miramar, Francelos, Madalena e Coimbrões.
Foi também já instalado e colocado em serviço o sistema de sinalização electrónica entre Esmoriz e Gaia e sua integração no Centro de Comando Operacional (CCO) do Porto, o sistema de controlo automático de velocidade e os sistemas de telecomunicações.
A conclusão total da intervenção chegou a estar prevista para 2023, mas a empreitada “sofreu vários impactos com relevância no prazo, decorrentes dos constrangimentos que se vêm registando no mercado da construção, designadamente, quanto à disponibilidade e prazo de fornecimento de materiais e às dificuldades sentidas pelos empreiteiros e subempreiteiros na contratação de meios humanos e de equipamentos”.
A empreitada estava orçamentada em 55,3 milhões de euros. O custo final não é ainda conhecido publicamente.