Depois de uma interrupção de mais de meio ano, as obras de modernização da Linha do Oeste, entre Meleças e Torres Vedras, foram retomadas “no início de Novembro”,
As obras naquele troço da Linha do Oeste estiveram paradas mais de meio ano “por manifestas dificuldades técnicas e financeiras do consórcio a quem foi adjudicada inicialmente a empreitada”, explicou a Infraestruturas de Portugal (IP), citada pela “Lusa”.
Por esse motivo, foi realizada uma “cessão contratual entre o consórcio inicial e um novo consórcio”, uma “solução complexa em termos jurídicos” e que originou “processos em tribunal”, admitiu a IP, que pretende concluir a obra até ao final deste ano.
“A salvaguarda do interesse público conduziu a uma morosidade superior ao esperado neste processo”, adiantou a empresa, segundo a qual a obra foi reiniciada em Novembro, depois da “aprovação formal da cessão contratual”.
Já a empreitada entre Torres Vedras e Caldas da Rainha “está em curso desde julho”, acrescentou a empresa.
Relativamente ao prolongamento das obras de modernização da Linha do Oeste até ao Louriçal, a IP adiantou que prevê lançar o concurso público “durante o primeiro trimestre de 2023”, faltando a aprovação da portaria de extensão de encargos.
Em Dezembro, a Comissão de Defesa da Linha do Oeste realizou uma concentração frente ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa, para exigir ao Governo a conclusão das obras de modernização da via até ao final de 2023.
O projecto de modernização da Linha do Oeste (Sintra – Figueira da Foz) está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de electrificação e modernização do troço entre Mira Sintra – Meleças (Sintra) e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros.
A segunda consiste na modernização e electrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 milhões de euros.