A IP anuncia para o próximo domingo a reabertura da Linha do Oeste entre Mira Sintra-Meleças e Malveira, reparados que estarão os danos provocados por furtos e actos de vandalismo.
Não será já em Fevereiro, como chegou a ser prometido, mas no arranque de Março, logo no dia 2, os comboios voltarão a circular na Linha do Oeste entre Mira Sintra-Meleças e Malveira, repondo-se o serviço até Torres Vedras.
Entre Malveira e Torres Vedras a linha foi aberta no início de Janeiro, mas a extensão do serviço até Mira Sintra-Meleças ficou dependente da reparação dos danos causados em trabalhos já anteriormente efectuados.
Segundo a IP, os actos de furto e vandalismo “provocaram extensos danos, com principal incidência e volume no troço compreendido entre as estações de Mira Sintra-Meleças e Sabugo, obrigando à realização de um significativo conjunto de intervenções não previstas no planeamento inicial da obra, prejudicando os prazos previstos para a reposição da circulação ferroviária”.
E o comunicado acrescenta: “Os trabalhos realizados englobaram a intervenção no sistema de sinalização electrónica da estação de Mira Sintra-Meleças com a reposição de cabos de sinalização e alimentação de energia, reconstrução de armários técnicos furtados e danificados, construção e reabilitação de sinais luminosos”.
“A partir do dia 2 de março, ficam restabelecidas as condições de exploração ferroviária em toda a extensão da Linha do Oeste”, conclui a gestora da infra-estrutura ferroviária.
Mas não. Ainda em Janeiro, a IP adiou para o final do ano a conclusão das obras na Linha do Oeste, e há cerca de duas semanas foi o próprio ministro das Infraestruturas, num debate nas Caldas da Rainha, a dizer que o final das obras só acontecerá em 2026.
O projecto de modernização da Linha do Oeste (Sintra-Figueira da Foz) está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de electrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros. A segunda consiste na modernização e electrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 milhões. O investimento global previsto é de 160 milhões de euros, incluindo expropriações.