A A-ETPL admite não ter condições para garantir os serviços mínimos na greve de Lisboa, pelo absentismo e saída de estivadores.
“Para além do elevado absentismo, que ronda os 48% (66 trabalhadores), a A-ETPL recebeu cartas de 53 trabalhadores a suspender o seu contrato de trabalho, em virtude de se encontrarem com vencimentos em dívida”, admitiu a Direcção da associação, numa carta enviada aos associados, a que a “Lusa” teve acesso.
A empresa de trabalho portuário de Lisboa, que pediu e obteve a declaração de insolvência, admite que “dificilmente terá condições para satisfazer os pedidos dos clientes, nomeadamente os serviços mínimos”.
O Governo decidiu reforçar os serviços mínimos nesta nova fase da greve dos estivadores, que se iniciou ontem e ai prolongar-se até ao final do corrente mês. Durante este período de greve, os estivadores estão obrigados a processar a carga e descarga de “todos os navios destinados ou com origem em cada uma das regiões autónomas dos Açores e da Madeira”, refere o mais recente despacho conjunto publicado pelo Governo da República. Antes apenas se exigia a operação de “um navio semanal” com destino às ilhas.
O incumprimento dos serviços mínimos, a acontecer, afectará particularmente o arquipélago dos Açores.