A rede de bicicletas partilhadas de Lisboa começará a ser testada amanhã, três meses depois do inicialmente previsto, anunciou a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL).
A rede será apresentada amanhã de manhã e os testes, que deverão prolongar-se por um mês, arrancarão na parte da tarde, disse fonte da Emel à “Lusa”. O atraso de três meses foi justificado pela introdução “de melhoramentos” na rede e pela “instalação das infra-estruturas”.
A rede de bicicletas partilhadas de Lisboa terá 1 410 bicicletas (940 eléctricas e 470 convencionais), distribuídas por 140 estações: 92 no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade.
No imediato, avançará apenas uma fase piloto com 10 estações e um máximo de 100 bicicletas no Parque das Nações.
Todas as bicicletas estarão associadas a uma aplicação móvel (intitulada Lisboa Bike Sharing), através da qual será possível utilizar a rede.
O investimento da EMEL no projecto é na ordem dos 23 milhões de euros, através de um contrato de prestação de serviços celebrado com a empresa portuguesa Órbita, para um período de oito anos.
De acordo com o plano de negócio do projecto, divulgado em Fevereiro do ano passado, o passe anual deverá custar 36 euros e o bilhete diário dez euros, com a empresa a perspectivar uma receita de 897 321 euros por ano.
Relativamente a receitas de publicidade, o plano de negócio prevê a cobrança de 350 euros por bicicleta, o que deverá representar um encaixe financeiro anual superior a 400 mil euros.