A Lisnave voltou a dar lucros em 2021. Ainda assim, e para prevenir a volatilidade do negócio, estuda a entrada em novas actividades: energias renováveis offshore e reciclagem naval.
Um forte segundo semestre, permitiu à Lisnave superar no ano passado os objectivos fixados para o exercício. A empresa terminou o ano com um volume de vendas de 90,6 milhões de euros (86,99 milhões em 2020) e um resultado líquido de 4,6 milhões de euros (em 2020, 5,8 milhões).
Ao longo do ano, a empresa 570 consultas, de que resultaram 93 encomendas (o valor mais alto dos últimos anos). Em 2021, foram intervencionados 80 navios (76 em 2020), de 58 clientes, de 20 países, com a Grécia à frente (15 navios), seguida da Noruega (12), Reino Unido 11 e Alemanha sete. Português, só um, o navio de cruzeiros Vasco da Gama, da Mystic Cruises.
Sem surpresa, pois, 87% do volume de vendas resultou de exportações, sublinha a empresa.,
De resto, e num balanço desde o início da reestruturação (segundo semestre de 1997), a administração da Lisnave lembra que foram intervencionados 2 704 navios, daí resultando um volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros, 94% de exportações.
Para 2022, as perspectivas são mistas, com oportunidades de negócio (desde logo, pela valorização dos navios em segunda mão, a ajudar à sua manutenção / reparação), mas também algumas nuvens no horizonte.
Também por isso, para tentar reduzir a exposição à volatilidade do negócio, a empresa iniciou no ano passado os estudos sobre uma possível entrada nas áreas de construção de unidades flutuantes para as energias renováveis offshore e de reciclagem naval responsável, Para ambas, foi já assinado um memorando de entendimento com parceiros tecnológicos e financeiros, revela a administração da Lisnave, sem detalhar.