A Empresa Portuária do Lobito lançou hoje o concurso público internacional para a concessão do “Terminal Polivalente de Contentores e Carga Geral” daquele porto angolano.
A autoridade portuária do Lobito deu hoje mais um passo na transformação do seu modelo de governação, visando assumir-se como um landlort port, com a movimentação das cargas e a gestão dos terminais a ser assegurada por concessionários.
No imediato, o objectivo é concessionar, por um prazo de 20 anos, a exploração dos terminais de contentores e carga geral.
O terminal de contentores dispõe de 414 metros de cais, com fundos de -14,7 metros e uma capacidade de movimentação de «250 mil TEU/ano. Já o terminal de carga geral, que lhe é contíguo, tem cerca de mil metros de cais, fundos de -8 e -12 metros e 15 800 metros quadrados de terraplenos.
Na verdade, nenhum dos dois é exclusivo para a movimentação, seja de contentores, seja de carga geral.
Os candidatos à concessão têm até 16 de Agosto para apresentarem as suas propostas. Os três concorrentes melhor posicionados passarão à fase de negociação directa. Entre os critérios de avaliação estarão as rendas propostas, o plano estratégico e de investimentos.
À cabeça, a concessionária terá de pagar entre 80 e 100 milhões de dólares e, depois, uma renda anual de 2,3 milhões de dólares (revista anualmente) e uma renda variável de, no mínimo, 5% das receitas.
Conjugado com o Caminho de Ferro de Benguela, o porto do Lobito é ponto de passagem para os minérios e petróleo da R.D. Congo para Dar es Salaam (Tanzânia), Beira (Moçambique) e Durban (África do Sul).