O investimento de capital de risco no sector de logística chegou a quase 28 mil milhões de dólares (24,7 mil milhões de euros) desde 2015, de acordo a McKinsey.
A logística de última milha e B2C receberam a maior fatia desse financiamento, com as plataformas de transporte marítimo e aéreo a ficarem bastante atrás na tabela da McKinsey. Surpreendentemente, dado o foco de grande parte do sector em software, foram as start-ups que desenvolvem novo hardware que se mostraram mais atractivas para os investidores de capital de risco.
Desde 2015, as start-ups focadas em soluções de entrega de última milha receberam 11,1 mil milhões injectados no sector, dos quais 9,9 mil milhões foram destinados a empresas que desenvolvem “modos de entrega não convencionais, como entregas colaborativas, drones, veículos autónomos e entregas em cacifos de encomendas de e-commerce.
No sector B2B, de acordo com a McKinsey, foram as plataformas de reservas no transporte rodoviário que atraíram o maior interesse dos investidores, tendo angariado um total de seis mil milhões desde 2015. De notar que, embora a maior parte desse montante tenha origem em capital de risco, este segmento foi o que mais investimento de agentes logísticos estabelecidos recebeu, como por exemplo o investimento de 25 milhões de dólares da DB Schenker na uShip.
Entretanto, as companhias de transporte marítimo e aéreas angariaram 1,6 mil milhões de dólares no mesmo período. De referir,que a maior parte desse valor (1,3 mil milhões de dólares) foi aplicada na Flexport.
O relatório da consultora indica que a melhor forma dos operadores logísticos estabelecidos poderem responder ao desafio das start-ups é através de parcerias, destacando o papel de projectos recentes como o estudo recente da Transporte Intelligence sobre a ascensão dos “ciber 4PL”.
A McKinsey explica que, embora muitas start-ups não tenham a rede ou activos para causarem impacto nos mercados maduros, conseguem obter crescimento em mercados onde as ofertas dos operadores históricos são percepcionadas como fracas.