O governo britânico aprovou a construção da terceira pista do aeroporto de Heathrow. A obra poderá estar concluída em 2025, se as polémicas e as batalhas judiciais não chegarem até lá…
Ao cabo de quase três anos de estudos e discussões, foi hoje anunciada a decisão de permitir a expansão do aeroporto de Heathrow mediante a construção de uma terceira pista com uma extensão de 3 500 metros.
O projecto tem um custo estimado de cerca de 20 mil milhões de euros, a ser suportado pelos privados. As companhias aéreas já se manifestaram contrárias ao agravamento de taxas para custear a obra. Os trabalhos deverão estar concluídos em 2025, o mais tardar em 2030.
A decisão hoje anunciada pelo Executivo britânico terá ainda de passar pelos crivos da consulta pública e da aprovação no Parlamento. Ora nem no governo a opção será pacífica, considerando, desde logo, a presença de Boris Johnson, ex-mayor de Londres e opositor aos planos para Heathrow.
E depois, claro, haverá que contar também com a oposição dos ambientalistas e das populações afectadas pela expansão (fala-se num milhão de pessoas).
Certo é que Heathrow está a operar no seu limite, tendo movimentado no ano passado 75 milhões de passageiros e realizado uma média de 1 300 movimentos diários.
A escolha pela terceira pista deita por terra as outras opções que chegaram a estar sobre a mesa, como o prolongamento das actuais pistas, a construção de uma segunda pista em Gatwick ou a construção de um novo aeroporto de raiz (como defendia Johnson).
A construção da terceira pista poderá ter um impacte de 0,65-0,75% do PIB nos próximos anos, criar dezenas de milhar de postos de trabalho e contribuir com 165 mil milhões de euros para a economia britânica num horizonte de 60 anos.