O governo britânico concordou atribuir 1,8 mil milhões de euros em financiamento de emergência à Transport for London (TfL), em risco de colapso.
O pacote de financiamento à TfL, que gere a rede de transportes públicos da capital, combina subvenções e empréstimos e visa “proteger serviços críticos, ajudar as pessoas a permanecerem seguras durante a pandemia e apoiar a recuperação gradual da capital”.
Como condição, o Executivo de Boris Johnson impõe um aumento de 1% das tarifas, pondo fim ao congelamento de
preços durante quatro anos consecutivos introduzido pelo Mayor de Londres, Sadiq Khan.
“Tenho de ser completamente honesto e aberto com os londrinos: este não é o acordo que eu queria. Mas foi o único acordo que o governo colocou sobre a mesa e eu não tive escolha a não ser aceitá-lo para manter o metro e autocarros a funcionar”, afirmou Khan, um proeminente político do partido Trabalhista, principal força da Oposição.
As restrições impostas pelo confinamento decretado em 23 de Março determinaram a passagem para um serviço mínimo, incluindo o encerramento de quase 40 estações de metropolitano, o que resultou numa perda em 90% das receitas nos últimos dois meses.
A TfL transporta cerca de mil milhões de passageiros por ano numa cidade de 10 milhões, operando mais viagens de autocarro do que o resto do Reino Unido inteiro.
“As pessoas devem evitar usar os transportes públicos, e trabalhar de casa sempre que possível, mas, à medida que as medidas são sendo lentamente levantadas, é vital que os londrinos que precisam usar os serviços da TfL se sintam seguros”, justificou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, a propósito do financiamento.
Devido à necessidade de respeitar o distanciamento social e evitar a transmissão do coronavírus, a lotação dos transportes vai ser limitada a cerca de 20% da capacidade.
Para evitar o risco de congestionamento, os passes gratuitos para maiores de 60 anos vão ser suspensos nas horas de ponta e os menores de 18 anos também estarão impedidos de usar os passes gratuitos.