O governo britânico pondera reeentrar no capital das principais companhias aéreas, e desde logo na British Airways, o que poderá pôr em causa a IAG.
A notícia foi avançada no fim de semana pela imprensa britânica. O governo de Boris Jonhson dispõe-se a injectar milhões na British Airays (tal como na Virgin Atlantic e na easyJet), em troca de acções, que seriam revendidas quando a crise passar.
A British Airways estará a perder cerca de 200 milhões de libras esterlinas (217 milhões de euros) a cada semana, em resultado da quebra da procura e do aumento dos gastos (mesmo se a maioria dos aviões está em terra).
Porém, uma eventual entrada de Londres no capital da BA pode acabar por colocar em risco a própria holding IAG, que detém a companhia britânica além da Iberia, Vueling e Aer Lingus. E o perigo será ainda maior se acaso a Iberia também precisar de ajuda e Madrid decidir ir em seu auxílio. Porque ambos os governos quererão, na prática, interferir na gestão da holding.
O mesmo se diga se as autoridades britânicas e espanholas agirem de forma concertada, não já ao nível das “suas” companhias nacionais mas financiando directamente a holding. Nesse caso, as actuais posições accionistas tenderiam a diluir-se, o que na prática equivaleria a regressar ao controlo estatal das companhias.