A Lufthansa Cargo vai mesmo cortar nos cargos de chefia, com efeito a partir do início de 2017. Estão em risco até 35% das “posições de liderança” intermédia, um pouco por todo o mundo.
A decisão surge no âmbito da estratégia Cargo Evolution e do programa de corte de custos C40, anunciados em Junho último e que prevêem uma redução total de 800 postos de trabalho.
“O lançamento de uma estrutura organizativa mais racional e eficiente a partir de 1 de Janeiro de 2017 é um elemento-chave. Entre outros benefícios, isso irá reduzir o número de níveis intermédios, acelerando, desse modo, o nosso processo interno de tomada de decisões”, referiu, citado pela “Air Cargo News”, um porta-voz da companhia alemã.
A mesma fonte explicou que, a partir de 1 de Janeiro próximo, a operação global da Lufthansa Cargo contará oito direcções regionais, que reportarão ao administrador com o pelouro dos Produtos e Vendas. “Estas posições serão ocupadas, onde necessário, nas próximas semanas, para que possamos estar completamente operacionais a partir do Ano Novo”, salienta o porta-voz. Os responsáveis locais de vendas e handling reportarão directamente às direcções regionais.
Os continuados maus resultados financeiros da divisão de logística da Lufthansa, que em Agosto anunciou o quinto trimestre consecutivo de prejuízos, são a causa desta reestruturação. A unidade de negócio de logística do grupo alemão – que além da Lufthansa Cargo inclui a Jettainer e outros investimentos – viu as receitas no segundo trimestre de 2016 caírem 16,4% face ao período homólogo do ano passado, para 496 milhões de euros.
Os últimos detalhes da estratégia Cargo Evolution e do programa de corte de custos C40 foram anunciadas pouco tempo após o conselho de supervisão da divisão ter confirmado Peter Gerber por mais cinco anos como presidente do conselho de administração e CEO.