Apesar do aumento marginal dos volumes movimentados e dos yields acima da média, a Lufthansa Cargo registou no ano passado um decréscimo de receitas de 36%.
A Lufthansa Cargo fechou o ano de 2023 com um volume de receitas de 2,98 mil milhões de euros, que compara com os 4,6 mil milhões de euros verificados em 2022.
No mesmo período, a companhia alemã realizou 7,5 mil milhões de toneladas-km, ligeiramente acima dos 7,2 mil milhões ton-km do ano transacto.
A explicação para a quebra das receitas está no regresso à normalidade do mercado, depois dos picos das tarifas verificados nos anos da pandemia. Ainda assim, sustenta a companhia, sem especificar, as margens não caíram tanto como média do mercado.
O EBIT ajustado ficou-se pelos 216 milhões de euros, longe dos 1,6 mil milhões de euros verificados no exercício anterior.
Com o retorno em força do transporte de passageiros, a oferta de capacidade cresceu 7,2%, para 12,6 mil milhões de toneladas-km, mas o load factor apenas cedeu 1,9 pontos percentuais para 59,2%.
No que toca a investimentos, a Lufthansa Cargo está a aplicar 500 milhões de euros na modernização do seu centro de Frankfurt, por onde passa 80% do seu tráfego, e projecta continuar a alargar a frota: o quatro A321 cargueiro chegou em Novembro do ano passado, e este ano prevê atingir os 18 B777F, o que lhe permitirá alargar o netowork e aumentar as frequências.
Para o ano corrente, a companhia espera que a procura “cresça ligeiramente”, e que o seu EBIT ajustado “fique aproximadamente ao nível do ano anterior”. Mas, alerta, “tendo em conta o ambiente ainda muito dinâmico, as previsões estão sujeitas a um elevado grau de incerteza”.