O aumento das fusões e aquisições (M&A) nos próximos cinco anos poderá alterar o ranking dos operadores globais de terminais de contentores, antecipa a Drewry.
No seu tradicional Global Container Terminal Operators Annual Review and Forecast, a consultora assinala que nos últimos anos aumentou a número de entidades desejosas de investir no mercado portuário global, numa tendência que deverá manter-se nos próximos anos.
Entre esses investidores estão operadores de terminais de base regional e companhias de shipping de contentores. que deverão surgir no ranking dos operadores globais já no próximo ano.
Hapag-Lloyd (comprou terminais nos EUA) ONE (idem), Adani, AD Ports (comprou a Noatum) são apontados como próximos big players no sector.
Na verdade, já em 2022 o ranking da Drewry de operadores de terminais de contentores globais subiu de 20 para 21 membros, com as entradas da MSC e Wan Hai a compensarem com vantagem a saída da HHLA (afectada pelo fecho do terminal de Odessa).
Se para o futuro próximo se anunciam mexidas no ranking, pelo menos em 2022 a PSA International manteve a liderança com 61 milhões de TEU movimentados (menos 3,6% em termos homólogos).
Seguiram-se-lhe a China Cosco Shipping com 52,9 milhões de TEU (+4,2%) e a China Merchant Ports com 50,6 milhões de TEU (+5,4%).
A APM Terminals caiu para o quarto posto, com 48,8 milhões de TEU processados (-3,2%), fruto do desinvestimento nos terminais de Maasvlakte em 2021 e Wilhelmshaven em 2022, justifica a Drewry.
A DP World fechou o top 5, também a perder 3,1% para 46,.5 milhões de TEU, também em resultado da redução da participação no porto de Jebel Ali.
Nos lugares seguintes do top 21 situaram-se a Hutchison Ports, MSC, ICTSI, TIL, CMA CGM, SSA Marine, Yilport, Evergreen, Eurogate, HMM, MOL, Bolloré Ports, NYK Line, Wan Hai e Yang Ming.
Juntos os operadores globais de terminais de contentores movimentaram 48% do tráfego mundial, tendo crescido 0,6% face a 2021, enquanto o mercado avançou apenas 0,5%, sempre segundo a Drewry.