Quase a comemorar 25 anos, a Maeil está prestes a fechar a primeira aquisição, que praticamente duplicará o seu tamanho. E prepara a mudança de identidade, adiantou Hugo Duarte da Fonseca ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
A Maeil quer ser protagonista na consolidação do mercado nacional de software e tecnologias para a supply chain, actualmente muito fragementado. A formalização da compra de uma primeira empresa deverá ocorrer até ao final do mês corrente, avançou o fundador e, até agora, único sócio da tecnológica.
Sem revelar o nome da empresa a adquirir, nem os valores do negócio, Hugo Duarte da Fonseca sempre adiantou tratar-se de “uma empresa da região de Leiria, com uma oferta complementar à nossa, mais focada nas soluções para a logística”. Em termos de dimensão, “é sensivelmente igual à nossa, um pouco menor, empregando cerca de 20 pessoas e indo facturar este ano cerca de um milhão de euros”, acrescentou.
Com esta compra, a Maeil deverá entrar em 2024 – em que comemorará 25 anos – praticamente com o dobro da dimensão, em termos de recursos e volume de negócios. Um salto de “gigante” que foi sendo preparado ao longo dos últimos anos, quando a Maeil “cresceu em média 10% ao ano”.
Mas Hugo Duarte da Fonseca não pretende ficar por aqui. “A ideia é continuar a crescer, organicamente e por aquisições”, disse. “Estamos atentos a oportunidades. Já temos várias empresas no radar e, aliás, até poderíamos realizar já mais uma compra, mas o timing não era o melhor”.
A primeira compra será feita maioritariamente com recursos próprios (e com uma cedência residual de capital a dois sócios da empresa de Leiria). Para as próximas, o líder da Maeil projecta contar com “o apoio de fundos vocacionados para este sector. Estamos a negociar com vários. Mas para isso também é necessário ganhar escala”.
A internacionalização também está na mira da tecnológica, mas por ora concentra-se em “algumas parcerias” e no “acompanhamento de clientes nacionais que se estabelecem noutros mercados”. “Temos de ganhar escala cá dentro, para podermos ir para fora”, sintetizou Hugo Duarte da Fonseca, fiel à sua postura “bastante conservadora” de gestão, que como se vê tem dado frutos.
A nova vida da Maeil traduzir-se-á também na mudança de nome. O actual remete para os nomes de fundadores que há muito saíram da empresa e, admite-o o próprio criador, 25 anos depois “ainda gera alguma confusão”. Devlop – “de desenvolvimento” – assim se passará a chamar. “A digital Supply Chain” – o branding diz ao que vão Hugo Duarte da Fonseca e a sua equipa.