A Maersk apoia a proposta da BIMCO de limitar a potência dos sistemas de energia dos navios como uma maneira de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no curto prazo.
O “corte” na potência dos navios, agora suportado pela Maersk, surge em oposição à redução da velocidade comercial (slow steaming) para atingir o mesmo objetivo ambiental. O Japão apresentou, na reunião do Comité para a Protecção do Meio Marinho (MEPC) da IMO, em Abril passado, uma proposta semelhante à da BIMCO. O limitador de potência não seria muito diferente dos usados nos automóveis.
“Colocar o foco na potência em vez da limitação de velocidade ajudará, antes de tudo, a alcançar as metas de redução de CO2 estabelecidas pela IMO. Depois, recompensará os navios mais eficientes e, por último, mas não menos importante, estimulará a inovação necessária no desenvolvimento de tecnologias de propulsão neutras em CO2, necessárias para verdadeiramente descarbonizar o transporte marítimo”, segundo fonte da Maersk, citada pelo portal “Maritime Denmark”.
“Medir a velocidade de um navio não é um exercício preciso, portanto, outras vias foram estudadas. Concluiu-se que a limitação da potência de propulsão dos navios pode ser controlada com precisão e, ao mesmo tempo, tem uma estreita correlação com a velocidade”, salienta a BIMCO num comunicado divulgado na segunda-feira, descrevendo a sua proposta à IMO antes de uma reunião técnica com este órgão da ONU, em Londres, para discutir medidas de redução dos GEE.
O debate em torno do slow steaming está a ser liderado pelo Presidente francês Emanuel Macron, com o apoio de mais de 120 armadores. Macron abordou o assunto no mês passado na cimeira do G7, em Biarritz.