A Maersk reviu em baixa a previsão da evolução do mercado de shipping de contentores, admitindo agora uma quebra de volumes relativamente ao ano passado.
A Maersk apresentou hoje resultados melhores do que o esperado relativos ao primeiro trimestre, mas avisou para a possível degradação do mercado global, em resultado das rápidas nas políticas comerciais e dos riscos de recessão nos EUA.
Agora, a número dois mundial no shipping de contentores prevê que o mercado possa regredir 1%, na pior das hipóteses, até crescer 4%, no melhor dos cenários. Antes, a estimativa era de um crescimento de 4%. A Maersk mantém o objectivo de acompanhar o mercado.
O primeiro trimestre foi, afinal, melhor que o esperado, e o segundo trimestre poderá ainda beneficiar da moratória de 90 nas tarifas anunciadas por Donald Trump. Mas para o resto do ano, a incerteza é grande, tudo dependendo de se verificar uma “guerra” comercial, ou de haver uma correcção da trajectória dos EUA.
Para já, a Maersk mantém as previsões de resultados para o final do ano, ou seja, um EBITDA entre seis e nove mil milhões de dólares e um EBIT entre zero e três mil milhões de dólares.
No primeiro trimestre, o grupo dinamarquês atingiu receitas consolidadas de 13,3 mil milhões de dólares (12,4 mil milhões no período homólogo de 2024), multiplicou o EBIT, de 177 milhões para 1,3 mil milhões de dólares, e aumentou o EBITDA para 2,7 mil milhões de dólares (de 1,6 mil milhões há um ano).
O negócio Ocean contribuiu com 8,9 milhões de dólares para as receitas (oito mil milhões no primeiro trimestre de 2024), 1,9 mil milhões para o EBITDA (956 milhões) e 743 milhões para o EBIT (que foi negativo em 161 milhões há um ano),
Com os volumes estáveis, os fretes em alta, a taxa de utilização da capacidade elevada e os custos controlados, a rendibilidade do negócio do shipping de contentores melhorou substancialmente.